sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Presépios

"Enquanto estavam em Belém chegou o momento de Maria dar á luz. Nasceu-lhe então o menino...envolveu-o em panos e deitou-o numa manjedoura..." S.Lucas 2:6 e 7
Ano após ano a narrativa Biblica do nascimento de Jesus é lida à mesa do Jantar de Natal. Há quantos anos a Bíblia é aberta quer no Evangelho de S. Mateus, quer sobretudo no Evangelho de S.Lucas!...Mas se o Natal simboliza esse nascimento importante, como omitir a sua leitura? E, sabe tão bem esse relato á luz das velas com a atenção de todos! Á mesa não significa que todos sejamos cristãos e tenhamos a mesma fé mas, se vivemos um Natal dito cristão devemos assumi-lo. Porque o Natal do Pai Natal, é um pouco diferente! E todos nós ganhamos um carinho especial pelo simpático velhinho barbudo de roupagem vermelha. No entanto, para mim, essa é a mistura do sagrado e do profano. Uma mistura que pretende o bem de todos, transmititir alegria, esperança e magia.
Cada qual guardará para si a melhor mensagem de Natal. Eu prezo muito o aniversário desse Cristo e talvez por isso, há alguns anos que comecei a coleccionar pequenos presépios. Este ano presentearam-me com mais cinco.
"...porque não havia lugar para eles na estalagem." (final do versículo 7 do capítulo 2 de S. Lucas)
Muitos de nós esquecemos o presépio, o simbolismo dessa humildade, dessa singeleza e não só não temos lugar para Cristo nas nossas vidas, como procuramos preenchê-las de um consumismo exagerado,de uma vaidade desmedida e de ganâncias ofensivas. Mas, somos livres! Com essa mesma liberdade, eu vivo o Natal desta forma.

domingo, 14 de dezembro de 2008

NATAIS...

Há muitos anos atrás…cerca de 40…vivia eu com os meus pais, no apartamento que me sentiu nascer. Ora no Natal uma das coisas que mais me fascinava era o pinheirinho. Na altura ainda não tínhamos sensibilidade ecológica e por isso em cada Natal era comprado um pinheiro natural que chegasse ao tecto da sala. Isso era algo que me deslumbrava de sobremaneira. O ritual seguinte era fixá-lo bem num vaso de madeira que tínhamos para o efeito (forrado anualmente de papel dourado) e depois decorá-lo. Isso acontecia numa noite em que o meu pai tivesse mais disponibilidade. Assim eu, meu pai e minha mãe, á média luz , juntávamo-nos neste cerimonial de abertura oficial da época natalícia no nosso lar. Começávamos por colocar as luzinhas que tinham sido imaginadas e construídas pelo meu avô paterno. Eram muito bonitas e invulgares para a época. Depois tirávamos da despensa as caixas de cartão onde estavam guardados os enfeites e colocávamos as bolas, os sininhos, as fitas e a neve que parecia algodão.
Quando ficava pronto, o meu pai cantava com voz melodiosa:
Meu bom pinheiro de Natal
Que bela é tua verdura.
Iluminas tudo sem igual
No monte e na planura.

Assim, no inverno és só tu
Que brilhas quando tudo é luz.

Dávamos as mãos e cantavamos os três. E a sala parecia inundar-se de magia!
Quanta ternura! Quanta paz!
Ainda as guardo no coração!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

GRITOS DA ALMA

Há mensagens que são desabafos gritados. Esta semana o meu filho estava a ouvir José Mário Branco e o poema cantado FMI, datado de 1979, parecia de uma actualidade fantástica. Embora o meu jovem filho não descodificasse determinados pormenores muito relacionados com a época e o contexto político e social em que foi escrito, captou a essência e comoveu-se. E, no meio da linguagem dura que progressivamente se vai tornando rude e acutilante eu também me comovi...

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

MATERNIDADE


Senti uma saudade envolver este momento presente...Senti que vivi muito e só tem saudade quem tem passado!...um aconchegante passado!

No dia 10 de Novembro fiz 25 anos que me estreei como mãe e 20, em que resolvi confirmá-lo pela segunda vez...Curiosamente tinha eu 20 e 25 anos, também. Guardo com muita ternura esses dois momentos de sofrimento, alegria e beleza. As crianças cresceram mas o seu processo de crescimento, que foi também o meu, fica gravado na memória para ser lido pela saudade.

Hoje já não tenho que dar a mão aos meus filhos para atravessar ruas, segurar, agarrar...apenas acariciar! As suas mãos cresceram e com elas todo o corpo, mente, ideais...

Fui a mãe que soube ser com as mãos que pude ter!...Mãos que embalaram, protegeram, ajudaram, construiram, amaram...impulsionaram a viver com solidariedade,afecto, empenho, fé, sentido,trabalho...em liberdade. E o futuro não ficou nas minhas mãos!...

Já não tenho que dar a mão para atravessar ruas...andamos de mãos dadas para sentir o afecto...mãos enlaçadas.


AS MÃOS

Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.

Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.

E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.

De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.

Manuel Alegre

Mas é estranho tudo isto!...Sinto-me feliz e velha. Mas uma velhice simpática!...

Parabéns meu filho Cláudio, pelos 25 anos.
Parabéns minha filha Priscila, pelos 20 anos.

Quero-vos muito!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Algarve...em Novembro

Aquele Algarve povoado, quente, cansativo, cosmopolita sem ter "identidade"...o tal ALLGARVE, caracteristicamente não português! Conhecem-no? Reencontrei-o este verão. Quase tive que aprender línguas para sobreviver!...Esse é um Algarve estranho, sem personalidade.
Em tempos de meninice conheci um Algarve muito mais lindo!...Sei que as mudanças e os progressos são inevitáveis mas...ir ao Algarve em Agosto é desconcertante! Pelo menos eu acho!
E, em Novembro?
Fosse eu aposentada e escolheria esta época para saborear o tempo e alguma da paisagem natural algarvia.
Fui lá no fim de semana e tudo estava transfigurado. Gostei de ouvir o sotaque algarvio, de ter espaço e ângulo para poder observar tudo. Observar até a desertificação dos aldeamentos, dos andares de férias...observar que lá, tal como cá, também se sente o Outono... em Portimão encontrei, também, um simpático vendedor de castanhas.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

SAUDADE

Faz muito tempo que não percorria o centro da minha cidade, num dia útil. os considerados "de semana". E nesta época outonal, ao entardecer, na agradável mistura da frescura da noite com os nevoeiros aromáticos dos assadores de castanhas, sinto uma nostalgia especial. No Porto os nevoeiros são especiais, sejam eles quais forem!

Faz muito tempo que fui jovem e vivi a cidade na intensidade das horas marcadas, dos transportes cheios de gente, dos encontros nos cafés, do namorado á espera, do Liceu a abarrotar de alunos, dos passeios em Cedofeita, das montras bem decoradas, dos amigos “Hippies” (de rua) que me faziam os brincos. Quanta saudade!!!

Faz muito tempo que não percorria as ruas com estes pensamentos a rodopiar na mente.

Isto de ir ao médico no centro da minha cidade, tem destas coisas!

Qual vir para casa a correr?! Soube-me muito bem passear neste fim de tarde!

E, na Capela das Almas, onde outrora passava apressada para apanhar o trólei no Bolhão, parei calmamente a saborear o momento…

sábado, 18 de outubro de 2008

Por que vou?



A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim

E a outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver,
Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é o de saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena

Fernando Pessoa / Caeiro



As minhas mãos...dão-se e entrelaçam-se...porque eu vou sempre com afectos e ideais. O toque, a sensibilidade do tacto consegue penetrar-me até ao âmago de mim mesma...á alma. Estremeço de afecto e de falta dele! As minhas mãos só vão com quem tem um espírito lavado e branco...talvez imaculado.Então sim, venham os mistérios para que meus olhos também deslumbem e tacteiem o mundo...

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Há cores e cores!

No jardim de Infância, a propósito da construção de um Castelo, as crianças opinavam qual a melhor cor para o pintar. Cada um nomeou a cor que lhe parecia melhor. Uns disseram castanho, outros, verde, ainda outros cinzento e o mais pequeno do grupo apontou o cor de rosa. Depois das votações feitas a cor escolhida foi o cinzento...
Estava já um grupo a pintar quando se comentou entre eles a cor escolhida pelo pequenito Ruben. De imediato o irmão do Ruben se virou para a professora e disse: "Tu não lhe ligues porque ele é gay!"

sábado, 4 de outubro de 2008

70 ANOS...


Parabéns Pai! A minha mensagem de hoje socorre-se dos pensamentos de Rubem Alves, um velho sábio que há quatro anos "desfez"70 anos. E, tal como tu, ele tem reflexões deliciosas e cita poemas encantadores. Por isso quando se aproximava do seu 70º aniversário escreveu deste modo:


O calendário me fez voltar a um salmo que aprendi de cor quando era menino: "Nossos dias passam como um suspiro... Setenta anos é o tempo de nossa vida. E se alguns, por sua robustez, chegam aos oitenta, o melhor deles desses anos é canseira e enfado...Ensina-nos a contar os nossos dias para que venhamos a ter um coração sábio..." (Salmo 90.9-10 ) - Bíblia Sagrada

Pois eu estou atentamente contando os meus dias. Não os que já se foram, mas aqueles que me restam, cujo número não sei. Em breve vou atingir o limite estabelecido pelo salmista: 70 anos! Nunca imaginei que esse dia iria chegar! O problema está no descompasso que existe entre a minha idade cronológica e a idade da minha alma - que está fora do tempo. Na alma, o tempo não passa. Sou ainda menino. Como Alberto Caeiro, "sinto-me nascido a cada momento para a eterna novidade do Mundo."
E eu vejo-te assim!...sempre a viver com o entusiasmo, a energia e o sonho de quem tem muito que apreender...e criar...Alguém que põe alma em tudo o que realiza.

A verdade é que a velhice tem também os seus encantos. São encantos crepusculares, mansos, belos, tristes e efémeros... Mas o belo efémero, até as crianças se encantam com ele! Tanto assim que gostam de soprar bolhas de sabão.

Também quero soprar bolhas de sabão...

O que tenho a dizer se resume num único verso que o Chico compôs para sua filha: "Que seja da alegria sempre um aprendiz..."

Sabes pai, tem sido muito bom viver perto de ti. Pela vida fora soubeste intercalar bolas de sabão, com o trabalho, as rotinas e as obrigações. Soubeste enfrentar as tristezas, as derrotas e as dores com um sorriso de quem tem uma alegria interior estruturada.Soubeste saborear o bem estar, amar. E com a poesia sempre em teu redor, tens guardado a bondade, essa ternura transbordante e, até a ingenuidade de quem acredita sempre no futuro...de quem sonha. E mesmo com 70 anos eu sei que sonhas. Às vezes sonhas pelo passado feliz guardado na memória.

Eu sonho ter-te comigo por muitos anos...És valioso!...

domingo, 21 de setembro de 2008

Ninhos



Esta é realmente uma verdadeira estrutura para "dar á luz".

Um entrelaçado entre o natural e o artificial...

Uma escultura animada...em terras do Alentejo.

Conclusões infantis...

Tinha 7 anos e estava só a ver televisão. A mãe estava ocupada.
Calmamente a menina chega perto da mãe e diz:
- Afinal pode-se mudar de signo!... A mãe estranhou a afirmação e explicou que os signos correspondiam a meses do ano. Logo ao nascermos em determinada data...tinhamos um determinado signo. A menina ouviu a explicação mas continuou: - Então, ainda agora na televisão uma menina disse que deixou de ser virgem!...

domingo, 7 de setembro de 2008

As voltas

As férias? Pertencem ao passado!
O regresso é isto...voltar.

Não dizemos (re)voltar, porque pode ser mal interpretado.
E há quem volte e não revolte. Quem (re)volte sem se revoltar.
Há quem não volte!

Nestas voltas e reviravoltas...afinal como vão vocês?...Voltam ?


D.Sebastião - Lagos 2008

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Bugiada em Sobrado - Valongo

Da estátua á verdadeira encenação. De um símbolo, á representação vivida e participada. Uma Festa singular! Uma luta colorida, entre rivais, chorada pelas violinos, vencida pelos justos, sempre acompanhada pelo povo. Uma lenda enriquecida pela história, acrescentada de anacronismos que enriquecem a vivência de um povo Lusitano, com garra para lutar pelo seu espaço, seja qual for o exército!
E como marcham...ritmados ao som da Banda! E, como saltitam ruidosamente!
Mourisqueiros e Bugios...Bonitos, transpirados de satisfação, amorenados pelo sol, tanto de felizes como de cansados...Há alma nesta gente!
Quem participa neste S. João fica contagiado. Torna-se deveras "cristão"...Bugio por adopção! Eu estou convertida.





(imagens da Festa de S. João de Sobrado - 2008)

domingo, 13 de julho de 2008

Quase de férias!

Este final de ano escolar, no "meu" Agrupamento de Escolas, desafiou a resiliência de muitos dos docentes. Desde reuniões, relatórios, avaliações, até às Acções de Formação repentinas - houve de tudo um pouco, para de trabalho haver muito.
A Avaliação de Desempenho Docente tem andado a preocupar muitas mentes. A questão é que alguns professores persistem numa lamuria militante sem eco, discordando da avaliação e quase concordando que são todos iguais. São?...Não nos enganemos mais! O processo pode ter falhas mas ficarmos parados a discursar queixas é falta de inteligência.

Descobri um extracto do Diário de Sebastião da Gama que achei actual e muito interessante:

“ …acho não só justificável como ainda, e principalmente, necessária e honesta a severidade em qualquer exame para professor. Para se salvar um homem podem-se perder mil; para se servir um colega ou beneficiar um amigo, entregam-se centenas de crianças a um incompetente…”

Por isso uma avaliação séria, é mesmo necessária.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Olhar e não saber apreciar...


Quando em Setembro de 2006, entrei pela primeira vez no átrio da EB2,3 de Sobrado (Valongo), deparei-me com duas telas de grandes dimensões que achei coloridas, engraçadas mas...nada mais!
Sempre que as olhava pareciam-me ilustar uma festividade , algo relacionado com o Circo, um misto de religioso e pagão.
Foi preciso algum tempo para que os meus olhos se abrissem e soubessem apreciar estas pinturas.
Afinal têm a ver com a tradição de uma terra, a comemoração de um ritual de luta entre Mouros e Cristãos, dirão os Sobradenses - entre Mourisqueiros e Bugios.
Encantei-me com esta festividade!

sábado, 10 de maio de 2008

Carros Eléctricos

Hoje os carros eléctricos desfilaram. Fui vê-los ao centro do Porto. Apesar do dia nublado e ventoso, vê-los a percorrer a cidade, transmite uma luminosidade especial.
Este Desfile Anual de Carros Eléctricos Históricos, é uma iniciativa instituída pelo Museu do Carro Eléctrico. Este ano, o Desfile realizou-se em dois percursos, um pela marginal, entre o Infante e o Passeio Alegre, e um segundo que percorreu o centro do Porto, partindo de Massarelos até à Batalha. O Museu seleccionou um conjunto de 15 veículos representativos da história e memórias dos transportes colectivos na cidade, desde o início do século XX até aos anos 30.

...Sou do tempo em que os eléctricos percorriam muitas ruas da cidade...passavam na Rua de Cedofeita, até passavam na Rua S. Roque da Lameira!
O meu filho andou pela primeira vez de eléctrico tinha 2 anos (Agosto de 1986) e foi da Boavista até ao Castelo do Queijo. Ele chamava-lhe o Tim-Tim. O Bilhete que paguei está guardado no seu álbum...ora vejam!
É um veículo que sempre me encantou...De tal forma que em 2002, andei a "distribuir poesia", conjuntamente com colegas e com um grupo de adolescentes institucionalizados, com quem tinhamos desenvolvido uma oficina de poesia (rudimentar).
Há transportes que nos transportam para lá da utilidade...levam-nos mais longe, além do material. Fazem do sentimento percurso obrigatório.

O Bolhão

Movimento cívico promoveu hoje uma concentração junto ao Mercado do Bolhão (Porto), para impedir a reconversão deste espaço em nova superfície comercial.
Ir à baixa portuense e olhar os edificios é desolador. O Porto parece sem alma, resultado de um ataque qualquer. As casas estão desabitadas, degradadas, grafitadas...é triste! Alguns imóveis têm fachadas lindissimas que passam pelo trabalhado do granito até aos azulejos. Mas, o Porto está praticamente habitado por população de Bairros Sociais. E os jovens que o percorrem de noite, "atacam" e vandalizam a cidade...É a teoria dos "vidros partidos", que defende a existência de uma relação directa entre a aparência de desordem, abandono e a delinquência. Gera-se um círculo vicioso, que pode começar por um vidro partido que não é reparado e é sinal de descuido, abandono, más condições. Gera-se gradualmente um processo de decadência. Quem quer habitar um Porto desabitado e vulnerável? A população de outrora, famílias trabalhadoras com algum estatuto, com cultura e formação já não habitam o velho burgo, foram substituidas por população imigrante (de África e de Leste). Instalam-se os sem-abrigo em grande numero de portas e casas degradadas...será que a solução é construir Centros comerciais?Penso que o Sr. Presidente da Câmara Rui Rio deveria dedicar-se um pouco mais à Sociologia, ao bom senso e a uma reciclagem urbana mais reflectida.

sábado, 26 de abril de 2008

Liberdade de expressão

Abril trouxe também a liberdade religiosa. E eu, educada com principios cristãos protestantes, ouvi as narrativas dos meus avós. A única Igreja reconhecida era a Católica Romana pelo que as outras confissões, mesmo que cristãs, eram perseguidas. A presença dos baptistas em território nacional aconteceu na década de oitenta do século XIX, por intermédio de cidadãos britânicos estabelecidos na cidade do Porto. O baptista inglês Joseph Jones, filho de um comerciante também inglês, estabelecido nesta cidade, organizou, em 1888, a primeira comunidade baptista em Portugal. Em 1908, é também graças a Joseph Jones e à sua congregação, aos quais se juntaram outros baptistas portugueses e estrangeiros, que se estabelece a primeira Igreja Baptista Portuguesa, na cidade do Porto, ainda hoje existente e também conhecida como “Tabernáculo Baptista” (na rotunda da Boavista) sendo isso uma referência histórica ao “London Baptist Tabernacle” onde Joseph Jones fora baptizado por imersão.
As primeiras comunidades não tinham edifício próprio. Assim ocupavam casas vulgares, que adaptavam para o efeito. Os Baptismos por imersão, eram efectuados nos rios. O meu avô paterno foi baptizado no Rio Leça (na altura sem poluição!). Os meus pais já foram baptizados em baptistério (no referido Tabernáculo).
Nessa altura era complicado ter outra interpretação cristã. Mas, hoje a liberdade religiosa é um direito, que devemos lembrar e viver. Por isso ontem assisti a uma cerimónia religiosa em que foram evocados os 120 anos da presença dos Baptistas em Portugal. Tal decorreu na Igreja Anglicana de Saint James denominada Igreja dos Ingleses, no Largo da Maternidade Júlio Dinis, na cidade do Porto. Foi um momento que muito me sensibilizou. Cinco aspectos provocaram esse meu estado de alma:
1- Senti a liberdade religiosa.
2- Emocionei-me ao ver fotos de meus antepassados (bisavós, avós e meus pais pequeninos), activos no trabalho da Igreja de outrora. Senti que me deixaram a fé como um legado, esses valores como uma herança a repartir.

3- Senti que para além das questões doutrinárias que um dia separaram os cristãos, algo forte os une, o que lhes dá o nome, Cristo! Defensora de uma visão ecuménica, senti-me muito bem naquela bela Igreja Anglicana que eu desconhecia.
4- A hom
ilia de David Coffey, Presidente da Aliança Baptista Mundial foi simples, objectiva, actual e profunda.
5- D
eliciei-me ao ouvir as melodias entoadas pelo Coral, onde de forma entusiasta cantavam a minha filha e o meu marido.

Abril permitiu que esta pluralidade de visões se expandisse sem receios e perseguições. A PIDE já não assiste às cerimónias religiosas protestantes e os pastores que são professores, já não são afastados da docência, como foi o do Tabernáculo.
Viva a Liberdade!

(clicando no título poderá ler notícia no Jornal Publico)

sexta-feira, 25 de abril de 2008

25 de Abril...para sempre


Para mim é impossível esquecer uma tal data...25 de Abril de 1974.
O valor da Liberdade, da Democracia, da pluralidade de ideias e sentires são valores preciosos.
Mas há uma estreita relação entre essa valorização e as vivências de cada um. E, se a minha experiência de vida passou pela mudança de políticas ditatoriais para as democráticas e pelo entusiasmo das primeiras manifestações sociais, os actuais jovens não experimentaram estas situações. Falar com eles da conquista da liberdade parece estarmos a contar uma nossa alucinação.
Nasceram em liberdade! Podem votar (e a maioria não o faz) e manifestar-se livremente. Vivem tão livremente que vão até aos maiores excessos. Dos excessos da bebida, ao excesso dos grafitis, ao excesso da droga, ao excesso da dependência dos pais, ao excesso das futilidades...uma liberdade que muitas vezes oprime os outros. Por vezes pareço uma "velha do Restelo"...fico céptica (ou cética?), desapontada, pessimista...Como deixar, qual herança valiosa, estes valores intactos na sua essência? Como "plantá-los" na mente jovem por forma a que a sua concepção original frutifique?...
A única resposta que se me afigura mais razoável é simplesmente VIVÊ-LOS!
Não deve ser por acaso que ambos os meus filhos parecem ter vivido a Revolução de Abril. O que leva uma jovem de 19 anos a colocar o CD "Cantigas do Maio" de José Afonso num dia como o de hoje? e o "Abril" de Cristina Branco?...E é ao som dessas melodias que divago e escrevo estes meus pensamentos.
Só se consegue transmitir a importância de tudo isto quando essa importância se vir reflectida na nossa vida...e for captada pelos outros.
E afinal tudo na nossa vida é assim! O amor, o empenho, a justiça, os príncipios religiosos, a educação.
(Foto retirada de http://www.ideotario.com/)

terça-feira, 22 de abril de 2008

É urgente o Amor



É urgente o amor
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras,
Ódio, solidão e crueldade,
Alguns lamentos,
Muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
Multiplicar os beijos, as searas,
É urgente descobrir rosas e rios
E manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
Impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
Permanecer.


Eugénio de Andrade

sábado, 19 de abril de 2008

Tempo...


"Quantas horas perdi
foi por ti
que as perdi."

Vai o meu coração
repetiu a lição:

- "Quantas horas perdi
foi por ti
que as ganhei..."

Sebastião da Gama

terça-feira, 15 de abril de 2008

Data especial




Que dizer? Tanto, que nem se sabe por onde começar! Tão pouco, que se pode reduzir a uma palavra banalizada, gasta pelos maus tratos sociais...Amo-te.
E como esse amar se foi transformando em múltiplas formas, cresceu da paixão à serenidade deste amor, ultrapassando dores, tristezas, lutas, desânimos, duvidas. Um amor resistente, que não perdeu o encanto e a doçura...e como é tão bom!
Grande beijinho meu doce Manézito!
Meu companheiro, meu amor!

Sabores



Hum!...como gosto de saborear os teus doces sorrisos!


(valem muito mais do que esse bolo a dois que partilhamos numa esplanada em Pisa. E como era doce!...)

terça-feira, 8 de abril de 2008

A morte...

É indubitável a sua vinda. Logo que se gera vida existe o oposto. Mas esperamos sempre que a morte chegue com a velhice. E na juventude ela parece-nos sempre muito, mas muito distante. O meu filho está triste pela morte inesperada do seu amigo Diogo, de 23 anos.
Escreveu no MOTONLINE, em tom de desabafo e elogio:

"Falei com o Diogo, ontem. Com a disponibilidade, simpatia e carinho de sempre - e que por ser hábito nele, o meu "muito obrigado" não bastava para agradecer - dizia-me que não poderia ir dar uma volta hoje e convidava-me a ir a casa dele no Domingo para, como "mecânico" oficial do nosso grupo de amigos, montar Xénon na minha moto. Sempre prestável!

Tudo isto me faz, ainda, imensa confusão. Não acontece sempre aos outros?!

Chegado de um passeio, com o Nelson (bodyrock), recebo uma chamada dele que me informa do que NUNCA esperei ouvir. ... Um de nós... O Diogo?! Como é possível, porra?!

É tão cliché quanto verdade: sentirei a falta dele. Ficará gravado na minha memória - como a caricatura da cara dele, gravada no desenho na parede do bar de segunda-feira e o lugar vazio onde estacionava a moto na Faculdade.
Dia triste, este!
"

No meio desta tristeza, dos pensamentos, da minhas ânsias, lembrei-me de um texto de Vergílio Ferreira que li outrora e sublinhei no livro "Escrever":
"Porque te surpreendes tanto com a morte inesperada de alguém? E escreves sobre isso ou colaboras numa manifestação alusiva? Para saberes que não houve surpresa nenhuma pensa nos que se surpreenderam pela mesma razão há cem anos .Ou nos que hão-de saber disso, os outros que vierem daqui a cem anos também. Mas a razão do teu excesso vem da ilusão que tu não morres. Aproveita enquanto és eterno, que é o que és no iludir-te, ou seja na comunidade categórica de existires. Em todo o caso talvez não seja de todo inútil ires pensando que morres mesmo..."

Sendo a morte uma certeza...meu filho, vive, sem a desafiares. Ela passeia-se cada dia junto de nós.
Quero-te muito.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Dia do Livro Infantil...e Florença

Em homenagem ao escritor dinamarquês,Hans Christian Andersen, nascido há 203 anos, precisamente a 2 de Abril, comemora-se, anualmente, o Dia Internacional do Livro Infantil.
Andersen escreveu e publicou um total de 156 contos. Desses, destaco "O patinho Feio", "O Soldadinho de Chumbo", "A pequena Sereia", "O Abeto", " A roupa nova do Imperador", "A Polegarzinha" e "A menina dos fósforos",entre outros.

Sabia que,das suas muitas viagens, em 1866, tinha visitado Portugal, percorrendo Lisboa, Coimbra, Sintra, Buçaco e Setúbal. Em Lisboa conviveu com António Feliciano de Castilho, com quem veio a corresponder-se.

Mas...o que eu desconhecia por completo era uma história,de 1842, dedicada a "Il porcellino de bronzo" em Florença. Aliás, ainda não a li!


sábado, 29 de março de 2008

Por Florença...

Há muitos anos, tinha eu cerca de 10 de idade, uma estátua estava colocada num suporte , num dos cantos da sala de estar. O meu pai dizia-me que, tal escultura era um rapto...um dia numa traquinice das minhas, parti a estátua!...
Pois, passaram-se 30 anos e, quando, esta semana, na Piazza de la Signoria em Florença
vi a verdadeira estátua, fiquei imóvel.Esta escultura - O Rapto... das Sabinas, de Giambologna, em 1581 é o ponto culminante da carreira de Giambologna, que retrata um episódio lendário da época da fundação da cidade de Roma. Preocupado em povoá-la, Rómulo, criou no Capitólio um refúgio para todos os refugiados, exilados, devedores e escravos fugidos da redondeza. Como faltavam mulheres, durante uma festa, os novos habitantes raptaram todas as jovens do povo vizinho, os poderosos Sabinos.
...Foram precisos 30 anos para eu aprender tudo isto!
Ah!...comprei uma estátua do Rapto, não em mármore, nem alabastro. O valor dela está mesmo neste saudoso reviver.

sexta-feira, 21 de março de 2008

"O Suave Milagre"




É nesta altura de Páscoa que me lembro do conto de Eça de Queiróz, "O Suave Milagre".
Curiosamente a maioria das pessoas refere-o na época natalícia. Eu própria conheci-o num Natal.
Mas, parece-me completamente adequado a este momento festivo, em que, tal como no Natal, se parece esquecer a razão genuína desta comemoração, para apenas se valorizar a gastronomia.

Sendo defensora da laicidade na escola pública, não defendo a omissão da história religiosa que nos leva a estas comemorações. As tradições, a característica religiosa que formou a nossa mentalidade, grande parte dos nossos bons valores de vida, são de origem cristã. Como renegá-los?...Tal não significa promover rituais religiosos, significa informar, esclarecer...

Tive oportunidade de apresentar, na escolinha onde trabalho, um teatro de sombras com essa história de Eça. A parte sonora gravei-a antecipadamente (e, também, rudimentarmente). Mas, se quiserem podem ouvir. (O download é um pouco demorado.) Eu gosto muito da parte final!

Poesia...sempre

Hoje é dia de tanta coisa!...é dia santo, dia da floresta, inicio da Primavera, dia da poesia. De entre todos elegi a Poesia. Não sei como se começa a amar a poesia, como se ganha uma sensibilidade especial, como transformamos os nossos olhares em visões poéticas.Mas, acredito que talvez tenhamos uma semente de poesia em nós, que dependendo do tratamento que é dado pela vida, floresce, ou fica raquítica ou mesmo morre.
Tive a sorte de ter um "terreno" propício ao seu crescimento!
Hoje evoco-a pelas palavras de Teixeira de Pascoaes.

"A essência das coisas, essa verdade oculta na mentira, é de natureza poética e não cientifica. Aparece ao luar da inspiração e não à claridade fria da razão."

"A ciência e a poesia não se excluem:completam-se. A realidade é científica e poética, objectiva e subjectiva;abrange os penedos e os sonhos..."

"O inimigo da poesia não é o sábio verdadeiro, mas o pseudo-cientista, muito pedante do que imagina saber oficialmente. Está na ciência como certos indivíduos estão no mundo:em chinelos e mangas de camisa, tu-cá, tu-lá com Aristóteles..."

O meu querido Rubem Alves diz que:

" Poesia é uma qualidade do olhar"
"O poeta é um feiticeiro alquimista que cozinha o mundo nos seus versos: num simples verso cabe um universo".

Poesia?...chamemos-lhe "delicadeza da percepção do mundo", usando a expressão do poeta Voznessensky - a que torna visível o invisível (o essencial), porque exprime, não a aparência do real mas, as suas pulsões fundamentais e as suas leis mais secretas...

Falta de concentração

Se pensarmos em definir concentração, poderemos considerar a concentração de substâncias e a atenção.
Ora o episódio que vos vou contar tem a ver com isso.

O L. pergunta à professora do Jardim de infância, com um ar algo inquieto se pode ir ao quarto de banho, ao que a professora responde:
- Claro, podes ir!
- Oh professora o que é concentrar?
A professora olha-o e pergunta: Mas, porquê?
- É que me dói a pilinha e o meu avô disse-me que tenho que me concentrar para fazer chichi.


Este episódio seria completamente engraçado se a criança em causa não estivesse mesmo preocupada com o significado da palavra e se conseguísse urinar sem dor.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Que docência?

Tenho pensado muito sobre a avaliação dos professores. Parte do meu tempo tem sido a observar, a atentar nas notícias, nos debates...Mas, há muito que sinto pertencer a um grupo profissional muito diferente.

Hoje, estou cansada. Foi daqueles dias extenuantes em actividades, trabalho diversificado com as crianças, procura de material...e, é sobretudo, no final desses dias, que me sinto mais feliz e realizada. É um cansaço de satisfação!...e nestes dias sinto-me "abençoada" em ser professora.
E com este sentir me aproximo dos pensamentos de Rubem Alves, com quem me identifico:

"O ensino das ciências da educação não forma educadores...educadores nascem."
"Os pedagogos, estudados nos saberes das várias teorias sobre o ensino e aprendizagem, não são, por causa disto, educadores mais sábios. A ciência do ensino e da aprendizagem não faz melhores educadores - embora seja uma ferramenta preciosa para aqueles que já nasceram educadores."
"O que não é cientifico, não goza de respeito...sendo coisa científica, o discurso pedagógico passou a morar na feira das utilidades. De lá a palavra amor, foi expulsa. Amor não é ferramenta...Quem fala de amor é piegas e não-cientifico."

domingo, 9 de março de 2008

Uma paixão chamada Rubem Alves

Porque apesar de todo o desânimo que vejo à minha volta, da contestação dos professores, da conjuntura política, continuo a ter um olhar de esperança e vontade de construir. Por isso volto a partilhar convosco, este velho homem...Recarrega-me de força...

(cliquem no título)

A imagem "http://www.nosrevla.com/fotos/foto3.jpg" não pode ser mostrada, porque contém erros.

Tarefa do educador

"Sabe quando você tem duas taças de cristal? Elas estão em silêncio. Aí a gente bate uma na outra e elas reverberam sonoramente. Uma taça não influenciou a outra. Uma taça fez a outra emitir o som que vivia, silencioso, no seu cristal. Assim é a educação: um toque para provocar o outro a fazer soar a sua música. Essa é a teoria socrática da educação. Sócrates dizia que todos nós estamos grávidos de beleza, e que a tarefa do educador, como na história de A Bela Adormecida, é dar o beijo para despertar uma inteligência adormecida". (Rubem Alves)

Este extracto encontrei-o no Blogue "TERREAR" de José Matias Alves. Este encanto terá algo a ver com os Alves?...

quinta-feira, 6 de março de 2008

Vasos






Vaso plantado de imaginação...de sorriso florido.







Vaso plantado de esperança...de um bolbo a florescer.





Vaso partido...o nosso coração, quando murcham sementes e flores, com o passar dos dias.

Avaliação desempenho docente

Acho, há muito!... que se justificava um texto explicativo deste género. Aliás, todo o processo deveria ter começado por explicações deste género...não podemos esquecer que integramos a União Europeia e, que há uma variedade de estudos que foram efectuados.

(clique no título)

domingo, 2 de março de 2008

Uma Pedagogia do elogio?

Ora cá está um texto que tem tudo a ver com a minha postura de vida, enquanto pessoa e profissional da educação...

Curiosamente numa pequena Formação a que assisti (com bastante agrado), dirigida pela Prof. DR. Maria Alfredo (Universidade do Minho), foi abordado o principio da positividade para a avaliação do desempenho docente.

"A capacidade de reconhecer e celebrar o bom desempenho dos alunos (ou dos professores), a prática de descobrir e valorizar as pequenas coisas que se fazem bem, a atenção às atitudes de humanismo, solidariedade e responsabilidade são os ingredientes fundamentais de uma boa relação pedagógica, preditora poderosa do sucesso educativo.

E uma pedagogia do elogio é tanto mais necessária quanto parece não ocupar grande centralidade nas práticas educativas. A censura e a sanção, as chamadas de atenção face a comportamentos indesejáveis são muito mais frequentes do que as práticas de saudação, de gratificação e de elogio.
Nesta construção de uma pedagogia do elogio retenhamos seis princípios estruturantes:

Princípio da oportunidade – o sentido de oportunidade é muito importante quando se pretende reforçar positivamente determinada acção ou resultado. Deve ser na hora certa que o elogio se enuncia e manifesta.

Princípio da sinceridade – o elogio não pode ser forçado; quem o pratica tem de estar realmente convencido do mérito do que viu e agir então em conformidade. Um elogio mentiroso é contraproducente.

Princípio da especificidade – quando elogia especifique o motivo da satisfação para assim reforçar positivamente o comportamento.

Princípio da pessoalidade – elogiar frente a frente, olhos nos olhos; mas também nos trabalhos que os alunos realizam.

Princípio da positividade – não estrague o elogio com um “mas” que o destrói; concentre-se nos elementos positivos da acção, “esqueça” os secundários menos positivos e guarde-os para outra oportunidade.

Princípio da pró-actividade – use o elogio para reforçar positivamente a acção e para expressar expectativas elevadas para a realização das actividades futuras.

Todos os dias poderemos encontrar reais motivos para elogiar. E seremos melhores fazendo os outros acreditar nas suas potencialidades. São pequenos gestos, pequenos passos que muito podem significar."

Correio da Educação, 2005

José Matias Alves

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Jardins com estórias...


Outrora, neste jardim, não havia relvado e, uma avó sorridente, sentava-se num banco e apreciava a netita a pedalar o seu triciclo...Desse tempo ficou o espaço do jardim e as grandes árvores...esse tempo foi há muitos anos (38, talvez!) e, as árvores já eram grandes nessa época! Pena as avós não durarem tanto! Hoje, neste jardim, encontrei um par de namorados, no banco de pedra...Pena eu já não andar lá a pedalar!...pena a árvore não revelar segredos!...Um jardim de gerações, torna-se mágico. A namorada olha-me a sorrir e, nem imagina a beleza deste espaço, para além dessa paixão que vive.
- Olá mãe! ...

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Monty Python

Rir...faz bem...
Mas, rir com os filhos juntinho a nós...hum...faz muito melhor!
Hoje soube-me particularmente bem ir ver um espectáculo com o meu companheiro e, os meus dois filhos. Não sei explicar! Gostei desta entrada a quatro no Coliseu - Porto
Uma banalidade familiar de outrora transformada num momento especial!

Mesmo sem filhos a acompanhar, vale a pena ver.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Palmilha Dentada

Adorei o espectáculo! Se tiverem oportunidade...divirtam-se![CAC1YN4X.jpg]
http://adentadadapalmilha.blogspot.com/

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Deslumbrada



Quase todos os dias percorro a Av. 25 de Abril, em Valongo. E, há uns dias para cá, que o meu olhar se prende a esta visão.
Encantadora, não é?

Parei e fotografei-a para repartir convosco...