terça-feira, 14 de abril de 2009

Negócio

Hoje fui a um médico...senti-me nota de €uro.
A partir do momento em que ele me viu como negócio, eu olhei-o como vulgar vendedor...
Não me trato...Ele não fecha negócio!
Há profissões em que o calculismo do lucro é uma afronta à dignidade humana.

domingo, 12 de abril de 2009

Reflexão/Confissão Pascal

Hoje dei por mim a questionar-me sobre a minha identidade cristã. Muitas vezes reprovo-me como pertencente a este grupo e, por não me rever completamente nas práticas e nos ideais. A par disso tenho muita falta de fé…não de esperança!

Hoje, ao ouvir a mensagem de Páscoa, cheguei a uma conclusão que pode ser completamente errada mas que é a minha.

Os ensinamentos Bíblicos chamam constante atenção a mandamentos e posturas de vida que deixam transparecer a identidade de um verdadeiro cristão. Mas, o maior de todos os mandamentos deixados por Jesus Cristo é, sem duvida, o amor ao próximo. Por amor ao próximo Ele viveu uma vida de benfeitor, de pacificador. Se lermos as Epístolas do Apóstolo Paulo à Igreja em Corínto, deparamo-nos com o capítulo 13, da primeira, e ficamos deslumbrados com essa suprema explicação da importância e definição do AMOR (em muitas traduções ainda apontado como caridade).

“Ainda que tivesse o dom da profecia e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.”

Se há ensinamento que sinto que me estrutura como pessoa é este, o de amar os outros.

Gosto naturalmente das pessoas e vejo nelas as qualidades. Normalmente os defeitos demoro muito a vê-los! Por vezes só os noto quando sou alvo de uma maldade. Consigo discordar e zangar-me com uma pessoa sem que isso belisque o sentimento que tenho por ela. Rancor?...Tenho imensa pena de quem o sente. Ódio?...Apenas aguma antipatia ou zanga. Perdoar?. Sempre! Não significa que esteja cega ou que acredite que alguém mude repentinamente, mas perdoo sem reservas. Ajudar?...o quanto poder!

Sinceramente penso que estas minhas características me foram transmitidas pela educação cristã, por essas máximas de Cristo, na comunidade cristã onde cresci e no lar que tive.

Quanto à fé…nada de exemplar. Mas, o próprio discípulo Tomé teve dificuldade em acreditar na Ressurreição de Cristo, e lemos na Bíblia em João capítulo 20, versículo 29 :” Disse-lhe Jesus: Porque me viste Tomé, creste; Bem-aventurados os que não viram e creram.”

Ora eu volto a ler o último versículo da carta do Apóstolo Paulo:

“Agora, pois, permanecem a fé a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor”

Pode faltar-me todo o resto mas, não o amor. Este sentimento norteia a minha vida, mesmo a profissional! Ora sendo esta a base dos princípios cristãos, posso ficar mais tranquila com a "etiquetagem" de cristã. Não será?...

(imagem: Esposende 2008)

sábado, 11 de abril de 2009

quinta-feira, 9 de abril de 2009

A cor de um encontro

Neste pouco tempo de descanso, que as "férias" escolares proporcionam, nada melhor do que sair do nosso ambiente trivial e ir por aí...pelo mundo. Ora nessa ida acabei por ter um encontro com alguns quadros de Miró. O seu surrealismo é encantador. Transmite bem estar com um não sei quê de infantil. Ainda me lembro do primeiro contacto com a existência deste artista - estavamos na década de setenta, o meu pai estava em Paris e de lá me escreveu um postal com a imagem de um dos quadros de Juan Miró...Como o tempo passa!...e o encanto perdura!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Crucificação

Estamos na Semana, chamada de Santa. Uma Crucificação importante marcou historicamente a humanidade...sobretudo a Ocidental. Quer sejamos Cristãos ou não, não negaremos a evidência de morte tão cruel. 
Este triptico de Francis Bacon tem por título, justamente, a Crucificação. É curioso como a crueldade, o corpo martirizado e "rasgado" se torna chocante nesta pintura. Senti muito mais horror do que em todas as cruzes, com Cristo pregado, que tenho visto por muitas Igrejas e Catedrais...
Embora não aprecie a pintura deste artista, que completa este ano 100 anos de nascimento, há alguns quadros que aprecio pela provocação, pelo anómalo da figura humana distorcida, pela imagem de dor e sofrimento.