É
bastante difícil falar do Mané num momento como este, em que a mágoa foi o
legado de uma relação terminada, para mim em 2012...formalizada a meu pedido em fevereiro de 2013. Conheci-o
há mais de 30 anos. Jovem "retornado" de Angola que começou a frequentar a Igreja
de Cedofeita, onde começamos a conviver no Departamento da Juventude. Desse
convívio brotou um amor. Como todas as paixões, começou cheia de encanto e
entusiasmo e a cumplicidade foi-se gerando. Casamos a 15 de
Abril de 1983. Éramos muito jovens mas determinados apesar das nossas características de personalidade bastante distintas.
Juntos conquistamos muita coisa. Foram muitos anos...Vivemos momentos muito bonitos! Fomos felizes.
Não
pondo nunca em duvida as suas capacidades, o seu profissionalismo e
inteligência, o Mané foi a pessoa que me deu as
maiores alegrias e as maiores tristezas, direi mesmo, as maiores mágoas e
decepções. Se com ele vivi a alegria do amor , da maternidade, da cumplicidade,
da partilha, do companheirismo, do apoio na dificuldade, da educação dos filhos
comuns, da valorização das minhas capacidades pessoais, do alcançar esforçado dos sucessos académicos e profissionais de cada um,das férias em família,do prazer das viagens...
aprendi também o que é a traição, a mentira, a vaidade, o convencimento e o egoísmo. E demorei a compreender isso! Pensava que havia valores que eram imutáveis e que o sentimento que nos uniu era forte e sincero, apesar dos problemas…e olhava-o sempre de uma forma bastante “cor-de-rosa”, bastante amorosa. Nos últimos anos eu amava sózinha e não sabia. Era casada comigo própria. Mais tarde compreendi que se pode ser bom actor na vida real. Ainda hoje não suporto a ideia de ter sido enganada por uma pessoa a quem eu me entreguei fielmente e quis tanto bem.
aprendi também o que é a traição, a mentira, a vaidade, o convencimento e o egoísmo. E demorei a compreender isso! Pensava que havia valores que eram imutáveis e que o sentimento que nos uniu era forte e sincero, apesar dos problemas…e olhava-o sempre de uma forma bastante “cor-de-rosa”, bastante amorosa. Nos últimos anos eu amava sózinha e não sabia. Era casada comigo própria. Mais tarde compreendi que se pode ser bom actor na vida real. Ainda hoje não suporto a ideia de ter sido enganada por uma pessoa a quem eu me entreguei fielmente e quis tanto bem.
Mas
por tudo isto, ele marcou a minha vida fortemente. Gostaria de o guardar no
leque das boas pessoas, de postura exemplar e sublime pelo carácter, pelo
sentimento…é impossível!
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