sexta-feira, 21 de junho de 2013

50 pessoas...CLÁUDIO FILIPE

Nasci como mãe no seu nascimento.
Nascemos!
Gémeos na inexperiência de ser, após esse momento sublime, terno e encantador, peguei o meu filho nos braços junto ao aconchego do peito e começamos a crescer. Afinal crescíamos os dois!

Filho querido, muito acarinhado, que no entanto  vivenciou as dificuldades de inicio de vida dos pais. Pais "em rodagem" nessas lides! Às vezes as dificuldades e limitações fazem despertar capacidades, marcar exigências e obrigar a uma maturidade precoce. Não sei se foi isso ou já de si a  marca da sua personalidade vincada,  mas foi um filho que muito cedo demonstrou imensa responsabilidade, autonomia, capacidade de decisão e argumentação. 
De criança guardo a alegria que irradiava ao passar, com sorrisos rasgados e comunicativos, a rapidez de raciocínio, o fascínio com que se encantava pelas coisas lutando por alcançá-las e os efusivos cumprimentos a todos os polícias que encontrava...Cresceu e as qualidades cresceram também! Apreciei a firmeza de carácter juvenil,  mesmo convivendo com uma multiplicidade de colegas, com grande diversidade de  crenças e valores.Sempre se afirmou  em variados aspetos... na representação, na música, na liderança e até no apoio voluntário a possiveis suicidas...agora na fotografia! O tempo das motas foi o mais sobressaltante que vivi...tive muito medo de o perder!Admiro a sua fidelidade a um amor e à amizade.  Mais do que os abraços e beijos que me deu (que para uma mãe são sempre poucos...), o melhor exemplo de  ternura é  a imagem carinhosa do seu braço pelo ombro da avó materna a quem sei que guardou saudosamente no mais fundo do seu coração.E este homem forte, trabalhador, decidido e empreendedor que é hoje, tem uma sensibilidade muito própria que respeito sem muitas vezes compreender. Amo-o muito. Mas estou com ele muito poucas vezes...ele já não é meu, é do mundo!
"Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar os nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo ! Ser pai ou mãe é o maior acto de coragem que alguém pode ter, porque é expor-se a todo tipo de dor, principalmente a da incerteza de estar agindo correctamente e do medo de perder algo tão amado. Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo".                          josé Saramago

Sem comentários: