domingo, 13 de dezembro de 2009

Dedicado à mãe Hiolanda

Pequeno poema

Quando eu nasci,
ficou tudo como estava.

Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais... Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.

Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.

As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...

Para que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe..
.


Sebastião da Gama

1 comentário:

Hiolanda disse...

Querida Raquel,
O teu post comoveu-me, e o poema que escolheste é um dos meus preferidos da literatura portuguesa. Obrigada pelo carinho
(não há problemas em deixar a foto...)
Beijo
Hiolanda