Pequeno poema
Quando eu nasci,
ficou tudo como estava.
Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais... Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.
As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...
Para que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe...
Sebastião da Gama
1 comentário:
Querida Raquel,
O teu post comoveu-me, e o poema que escolheste é um dos meus preferidos da literatura portuguesa. Obrigada pelo carinho
(não há problemas em deixar a foto...)
Beijo
Hiolanda
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