segunda-feira, 13 de julho de 2009

Música fora de Casa

Vindo o Verão, a Casa da Música (no Porto) espraia-se pelo espaço exterior. Parece-se, com as devidas diferenças, com alguns cafés, que passam a ter esplanadas!
Pois no sábado, estive por lá a saborear Amélia Muge.

"A sua música junta tradição e inovação. Partindo da música tradicional portuguesa e africana para alcançar uma grande modernidade. Recorrendo tanto a instrumentos tradicionais como a "novas tecnologias" nessa busca de inovação. A música da Amélia Muge destaca-se também pela beleza das letras das suas canções. Ela tem musicado tanto poemas da sua própria autoria como poemas de vários poetas da língua portuguesa, onde se destacam Fernando Pessoa e Grabato Dias, sem esquecer os poemas de origem tradicional." (Wikipédia)

A segunda parte do espectáculo foi servida em brasileiro...

Siba e Fuloresta

Vindos de Pernambuco, este grupo com o nome sugestivo de FULORESTA , cativou pela forma agradavel com que Siba, mestre da nova geração de ciranda (dança e música de Pernambuco) e maracatu (ritmo musical afro-brasileiro)cantou e versejou apresentando uma linguagem inovadora e pessoal.

Nascido na cidade cosmopolita do Recife, cresceu entre a cidade e o interior. Após viver em São Paulo sete anos, voltou para Pernambuco em 2002 para iniciar este grupo, formado por músicos tradicionais de Nazaré da Mata.

Hum! que música curiosa!...Não sei porquê, lembrei-me do cantar ao desafio.

Há noites assim, de uma quentura de alma, que só eu sei!

1 comentário:

Vitto Vendetta disse...

Pois... eu meti-me no carro, e em 20 minutos consegui chegar ao Porto, mas depressa já estava perdido algures entre S.Mamede de Infesta e Leça do Bailio, o que foi uma experiencia agradável, uma vez que me recordou viagens aos sons dos discos de Dealema que tão bem me souberam outr'hora!

Queria ver o mestre Siba, ali á minha frente, queria ver os Fantásticos Nazarenos da percurssão que o acompanham, queria saborear todos os sopros de todos os metais da banda...

Não sabia o que me esperava, só sabia que provavelmente poucos conheciam Siba, ou pelo menos como eu...

Enquanto vi Amelia Muge, apenas me ocorreu que talvez 90% do público saísse no final da diva actuar, o que felizmente não sucedeu...

Siba entrou, um pouco acanhado, talvez estranhando, como eu, o tipo dé público que tinha na sua frente!

Cantei, bati o pé, sabia todas as letras de todas as musicas de cor, só eu sei o que sofri quando vi o Biu Roque a esquecer-se da letra do Soldadinho de Areia, talvez a minha favorita, e em como Siba ficou no backstage durante a música Barra do Dia... mas sei que talvez mais ninguem reparou nisso... mais ninguem conhecia...

mas de uma coisa eu tenho a certeza...

agora posso vir á internet e procurar Siba & a Fuloresta, que certamente encontrarei referencias em blogs portugueses (como foi este caso)

um pequeno aparte ao seu excelente post..

Siba, quando pegava naquele "pau colorido" e fazia movimentos desconexos, estava a ser Mestre de Cavalo Marinho, uma espécie de dança teatro rural, muitas vezes associada a rituais satanicos (assim como o maracatu do baque solto aka cantar ao desafio)

um bem Haja

Fernando