Há muitos anos atrás…cerca de 40…vivia eu com os meus pais, no apartamento que me sentiu nascer. Ora no Natal uma das coisas que mais me fascinava era o pinheirinho. Na altura ainda não tínhamos sensibilidade ecológica e por isso em cada Natal era comprado um pinheiro natural que chegasse ao tecto da sala. Isso era algo que me deslumbrava de sobremaneira. O ritual seguinte era fixá-lo bem num vaso de madeira que tínhamos para o efeito (forrado anualmente de papel dourado) e depois decorá-lo. Isso acontecia numa noite em que o meu pai tivesse mais disponibilidade. Assim eu, meu pai e minha mãe, á média luz , juntávamo-nos neste cerimonial de abertura oficial da época natalícia no nosso lar. Começávamos por colocar as luzinhas que tinham sido imaginadas e construídas pelo meu avô paterno. Eram muito bonitas e invulgares para a época. Depois tirávamos da despensa as caixas de cartão onde estavam guardados os enfeites e colocávamos as bolas, os sininhos, as fitas e a neve que parecia algodão.
Quando ficava pronto, o meu pai cantava com voz melodiosa:
Meu bom pinheiro de Natal
Que bela é tua verdura.
Iluminas tudo sem igual
No monte e na planura.
Assim, no inverno és só tu
Que brilhas quando tudo é luz.
Dávamos as mãos e cantavamos os três. E a sala parecia inundar-se de magia!
Quanta ternura! Quanta paz!
Ainda as guardo no coração!
Meu bom pinheiro de Natal
Que bela é tua verdura.
Iluminas tudo sem igual
No monte e na planura.
Assim, no inverno és só tu
Que brilhas quando tudo é luz.
Dávamos as mãos e cantavamos os três. E a sala parecia inundar-se de magia!
Quanta ternura! Quanta paz!
Ainda as guardo no coração!
2 comentários:
Natais passados, perdidos na memória, adocicados pelo coração.
Natais que cumpriram com a sua função maior - adocicar corações.
E os de hoje, como te são?
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Como compreendo tudo o que diz no seu post! Também eu tenho uma enorme saudade dos natais da minha infância! Era tudo tão natural e simples!
Beijinho
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