Hoje, quando ouço as palavras, gosto de olhar os rostos, consigo ouvir muito mais, "visto" as palavras que me dirigem com a "roupa" da expressão, do olhar... Que leitura magnífica! Mas, nem sempre as leituras da oralidade me agradam. Às vezes sinto-me ferida, fulminada, baleada, tratada como parva...E, há rostos tão bonitos, quase angelicais, dos quais não esperava que do azul do olhar me ferissem e, da boca de sorrisos disparassem palavras/bala.
Prefiro, realmente, continuar a ler poesia, regar a alma de bem, fazer das palavras, sementes de alegria, pontos de ligação...
Há Palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros de teu desgosto.
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado.)
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
2 comentários:
Bom!... bonito... se alguma vez as minhas palavras e o meu olhar (castanho a fugir para o verde, depende do sol e do estado da alma), te magoarem... diz-me sem rodeios... Só assim saberei as verdades...Gosto mais quando ris, sem forçar, a disfarçar! Mas nem sempre tenho a noção do efeito das palavras e dos olhares... Sou observadora, ouvinte mas desligo muitas vezes.
Carlita: Nunca me magoaste...e, o teu olhar escuro,contornado a lápis escuro, nunca me feriu.Sei que tens essa abertura para te dizer o que penso...
Mas,curiosamente, és daqueles que me diz palavras que me beijam...e eu nem sempre as mereço!
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