Há muitas formas de viver as tristezas, os desgostos e tentar amenizá-los. Hoje a partida da velhinha Casimira, de quem guardo com ternura muitas expressões e ditados populares, fez-me recordar um poema de MIA COUTO.
Medo
Quererei tudo
depois da morte.
Até lá,
Em cada dia,
ressurgir dos mortíferos desfechos.
Lá vem o poeta, dizem.
E abrem alas, receosos.
Não me importa:
de vivo não quero memória.
Medo tenho
é de ser enterrado sem história.
2006
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