quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Metro


A recente abertura da nova linha do Metro na área do Grande Porto foi motor destes pensamentos.
Na realidade fico fascinada com o espaço , a simplicidade e a liberdade que são oferecidos pela arquitectura e pela organização das estações do Metro do Porto.Vivendo nós num país que por vezes sinto tão Terceiro-mundista, estes espaços são uma demonstração de desenvolvimento.Somos um povo, que dadas as características latinas, é dado à “espertice” e à “tramóia”. Temos que juntar a isso o cosmopolitismo…Assim, para além das normas sociais serem divulgadas têm sempre associados mecanismos de as fazer cumprir. O Metro parece o oposto dessas posturas. O espaço é amplo, de perfeita liberdade. O cidadão age por consciência e não por coacção. Compra o título de transporte adequado, passa-o num dispositivo simples, sem gradeamentos a delimitar e dirige-se para a plataforma a fim de apanhar o metro que lhe convém. Isto sim, é digno de um pais desenvolvido em que o civismo, a cidadania e a responsabilidade são enaltecidos. Todos os que por opção não viajarem com o titulo de transporte, terão que responder pelos seus actos…são livres mas terão que responder pelas suas escolhas e incumprimentos. Metro assim, nem em Paris, nem em muitas capitais Europeias! Eu acho mesmo fantástico! Quando entro nas estações de metro do Porto até parece que estou num país diferente, em que o conceito de responsabilidade, liberdade, respeito pelas normas sociais, sentido de cuidado pelo bem comum, são o viver quotidiano de um povo.
O pior é quando saio de lá!...

1 comentário:

tsiwari disse...

Já o Mark Twain escrevia, há anos, que o que mais o espantava em Itália eram os carris das linhas ferroviárias e as estações - tão civilizadamente àfrentex.


Por aqui... quase assim! O pior é mesmo quando se sai...


:)***