sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Declaração




A partir de hoje...
Tenho uma irmã que é borboleta. Não 
nasceu de pai e mãe, nasceu da metamorfose  da amizade.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Ano Novo


Desde que nasci que tive 48 passagens de ano no Porto e em família…Mas há sempre uma primeira vez para tudo! Este ano decidi que a mudança do meu terrível ano de 2012 para o meu esperançoso 2013 seria passada bem longe…a Tunísia foi destino, os desconhecidos, os companheiros de “Reveillon”. Fiquei com a ideia de que os muçulmanos na sua generalidade não dão a importância que nós, Europeus, designados de cristãos, damos à passagem de ano...
O Hotel muito bonito e de grandes dimensões, marcadamente de verão, estava a abarrotar, para meu espanto! Sendo de facto um empreendimento agradável e com muitos espaços de convivo, podia estar construído num outro qualquer país,  as suas características pouco tinham de árabes, africanas e especificamente Tunisinas. Mas era inegavelmente agradável. Cruzando-me com a população do Hotel, encontrava sobretudo alemães já com alguma idade, raros espanhóis 
e bastantes famílias muçulmanas. Durante o dia era vulgar encontrar os alemães sobretudo no Bar ou junto à piscina exterior a tentar usufruir das nesgas de sol…como se estivessem em pleno verão debaixo de um calor tórrido. Acho que alguns deviam querer candidatar-se a alguma pneumonia, dada a sua exposição exagerada…sobretudo ao vento e ao frio!
…31 de Dezembro à noite…todos, segundo seus gostos e os seus conceitos de Jantar de Gala de fim de ano, se congregaram na sala de estar do Bar. As alemãs com grandes decotes e exageradamente maquilhadas e as tunisinas bem tapadinhas e discretamente arranjadas! Havia por lá uma portuguesa discreta que ficava a meio termo do descrito!...Pouco a pouco começo a sentir que estou num país diferente. A música, as danças, começam a dar ambiência. No entanto havia um intercalar entre as danças árabes e as valsas ou  outro tipo de balada europeia. Ah…e os árabes dançam muito bem e de forma entusiasta as suas próprias danças e ritmos. Vibram!...em simultâneo era servido o Jantar que tinha um toque marcadamente francês, servido nas mesas bem decoradas e à média luz das velas. Enquanto os europeus comiam com todos os talheres, para os Tunisinos sobravam já que as mãos são bastante utilizadas. Era de notar contudo, uma particularidade interessante…não havia qualquer bebida com álcool. Perto da meia noite chegou um momento americanizado…foram distribuídos chapeuzinhos , mascarilhas e gaitas. Nunca achei grande graça a tais adornos…ali parecia completamente desfasado. E dos meus companheiros de mesa curiosamente Marwan, um jovem tunisino apenas colocou para a fotografia…à meia noite a música soou mais alto e todos se cumprimentaram com agrado por tal chegada. Mas…nada de champanhe!!!! Tudo de um entusiasmo muito sóbrio! Ah…mas no bar lá estavam os grupos de alemães a brindar!...eu fiz um brinde interior…um brinde a um novo ano mesmo a sério!...