terça-feira, 7 de setembro de 2010

Enterrar...Bibliotecas


Soube ontem do falecimento do simpático avô António, já velhinho, que vivia em Sobrado. Foi um prazer conhecê-lo e apreciar a sua colecção de miniaturas de utensílios de madeira que ele mesmo talhou. Lindo! Há uma citação, referida frequentemente pelo meu pai, a que me acostumei , de que “quando morre um velho enterra-se uma biblioteca”. E, se durante muito tempo me questionava acerca desta afirmação, hoje compreendo-a. Quando um velho termina a sua vida, com ele partem inevitavelmente todas as suas vivências, saberes, histórias, cultura. E na diferença de vida de cada um, haverá sempre uma longa história , rica de experiências…Ficarão na nossa memória todas as pequenas recordações significativas, os comportamentos deliciosos e marcantes. No entanto a essência dessa vida…os escritos dessa história, são enterrados na morte.

E sabem, já vi enterrar bastantes bibliotecas!